No centro da cena está Nossa Senhora da Penha, padroeira do Espírito Santo, com o Menino Jesus em seus braços. Seu olhar de ternura acolhe, sua presença materna consola, e o esplendor que envolve sua coroa é mais que ornamento: é a luz divina que irradia esperança e fortalece a fé de todo o povo. Ali, no colo de Maria, está a certeza de que a vida encontra refúgio, de que a paz é possível e de que Cristo continua a caminhar conosco.
A paz que voa livre, sem fronteiras!
Eles voam ao redor da composição: pequenos pássaros do Espírito Santo e delicadas pombas, desenhando no céu uma coreografia de fé. Cada voo é um anúncio: a paz não conhece fronteiras. Cada canto é um lembrete: a paz é tarefa de todos nós. A escolha dessas aves comuns e próximas da vida diária é um símbolo poderoso: a verdadeira paz não nasce dos poderosos, mas floresce no gesto humilde, no abraço cotidiano, no respeito à diferença. Juntas, as aves compõem um mosaico de cores e sons, lembrando que a harmonia só é possível quando o diverso convive em amor e acolhimento. E, ao deixarem a composição, carregam consigo a missão de levar a paz pelo mundo, espalhando esperança, renovando laços e semeando fraternidade em cada lugar onde pousam.
O Tau Franciscano: Selo de Humildade e Fraternidade
Símbolo simples, mas carregado de significado, o Tau nos conecta à vida de São Francisco de Assis, que fez da humildade, da fraternidade e da paz sua missão. Ele nos lembra que somos chamados a ser instrumentos de reconciliação, espalhando justiça e esperança em cada gesto. Em 2026, ao celebrarmos os 800 anos da Páscoa de São Francisco, o Tau nos convida a viver os valores franciscanos em nosso cotidiano, tornando a paz e a fraternidade presentes em cada coração.
A pomba da paz é presença viva, é o Espírito Santo que desce e pousa entre nós, trazendo alento em meio às tempestades da vida. Assim como no relato bíblico, quando Noé recebeu a pomba que retornava com um ramo de oliveira, também hoje ela nos recorda que, mesmo depois das águas turbulentas, há sempre um horizonte de esperança.
A pomba carrega em suas asas a mensagem da reconciliação: entre povos, entre famílias, entre cada um de nós e nossa própria essência. Ela nos lembra que a paz não é ausência de conflito, mas sim a força capaz de transformar dor em perdão, escuridão em luz, solidão em encontro. Quando o Espírito Santo se manifesta como pomba, ele nos convida a abrir o coração, a acreditar que a
promessa divina se cumpre: a vida renasce, a esperança floresce, a humanidade pode ser restaurada. Seu voo suave atravessa fronteiras, sua presença silenciosa une diferenças, sua leveza mostra que a paz só encontra pouso onde há acolhimento e amor. Assim, a pomba da paz é mais que um sinal – é o sopro divino que nos faz lembrar: onde ela pousa, a esperança renasce e a reconciliação se torna possível.