Revestida de significados, a imagem de Nossa Senhora da Penha traz consigo as cores rosa, que representa a humanidade de Maria e o azul, sua divindade. Suas vestes inspiraram Dr. Jerônimo Monteiro, então governador do Espírito Santo, a estabelecer em 1908 as mesmas cores para a bandeira do Estado. Em 1947, quando a bandeira foi oficializada, o vermelho do manto da padroeira foi trocado definitivamente pelo rosa.
O Menino Jesus no colo de Nossa Senhora da Penha é a razão pela qual a Virgem Maria é Senhora, rainha e mãe da humanidade. Ele é seu Filho e, ao mesmo tempo, Criador. A imagem do Menino Jesus também carrega símbolos importantes como o cetro na mão direita do Menino Jesus, afirmando que Ele é o Rei.
Já o globo na mão esquerda do Menino Jesus nos recorda que é Ele quem sustenta o mundo e quem o mantém. A cruz sobre o globo terrestre nos fala que foi através dela que Jesus salvou toda a humanidade.
A devoção inicial era a Nossa Senhora das Alegrias, também conhecida como Nossa Senhora dos Prazeres. Com a construção da ermida (capela), sobre o penhasco, passou-se a denominar Nossa Senhora da Penha a imagem do Altar Mor, título proveniente de penhasco (pedra), referindo-se primitivamente mais ao lugar do que a uma virtude da vida de Nossa Senhora. A devoção original é Nossa Senhora das Alegrias, advinda das sete alegrias de Maria, título esse atribuído à Maria, alicerçado na tese dos Santos Padres que afirmam, desde o Séc. IV aos nossos dias, que Cristo, após sua ressurreição, visitou primeiro a sua Mãe.